quarta-feira, 30 de maio de 2007

Obrigado, Grande Peixe!!!


Um dos filmes da minha semana de descanso já antes da semana do carnaval foi "Peixe Grande", de Tim Burton. Nunca levei Burton muito a sério, embora goste de muitos de seus filmes. É um filme que deveria estar na minha lista ao lado, mas seria pouco. Talvez nem tanto pelo que o filme "tecnicamente" pode apresentar, na verdade isso tá contando muito pouco aqui. Mas sim pelo que ele proporcionou a mim e minha esposa, alcançar com sua narrativa.
A história de Edward Bloom e seus contos maravilhosos, sua riqueza de criatividade, para tornar tudo interessante para o seu filho, que mesmo assim cresce e se torna um burocrático, homem tolhido da liberdade imaginativa que deveria ter herdado do pai.
Mas ao resolver investigar cada história dita pelo velho Bloom, o agora homem casado Will, descobre que seu pai não mentiu em momento algum, mas "pintou" e deu "sabor" a tudo que dizia, e construiu uma vida brilhante, não só de grandes histórias, mas de granes amigos, por sua simplicidade, companheirismo, carisma... e fidelidade.
E foi assim que quando terminamos de assistir a primeira vez (porque já vimos umas três ou quatro até agora) eu estava satisfeito com o que vi e minha esposa chorava. A diferença entre eu e ela? Errou quem apostou na velha diferença da sensibilidade homem-mulher. No fim, eu havia visto um filme carismático, que brinca com a imaginação como eu gosto de brincar. E ela, vira um filme que a fez lembrar o tempo todo de seu relacionamento com Deus. das vezes em que ela precisa escolher crer, naquilo que no fundo do seu coração, na medida em que ela amadureceu como pessoa culta e informada, perdeu a "possibilidade" de ser.
Tantas passagens na Bíblia, tantas histórias impossíveis de serem provadas, tantas narrativas "desenhadas" como um conto infantil, em que a frase "Deus pode tudo" entra não como uma convicção, mas como uma pedra gigantesca para dizer "não vamos ficar pensando nisso". E ela se viu como o homem Will, despido dessa capacidade imaginativa. lembramos que as vezes, a frase "Deus pode tudo" pode ser entendida como "Deus é genial, criativo, inovador".
Então, o seu choro, foi quase como um perdido de perdão. Como dizendo ao Senhor que um dia, o veremos, e conheceremos suas histórias maravilhosas, bem de perto. Compreenderemos todas elas, veremos aquelas pessoas especiais, de aventuras memoráveis. E enquanto isso, hoje, podemos ser menos "armados" para a riqueza imaginativa contida em nós. Não é um balaão que voa sem controle, é uma herança.

Escrito por Ronilso PachecoRonilso_blogger

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