segunda-feira, 14 de maio de 2007

Babilônia. Seu dia chegou!

Os textos que correm na barra lateral (1) (2) (3) fazem menção a profecias entregues pelo profeta Amós, cujo ministério foi desempenhado entre 760-755 a.C., um boiadeiro e cultivador de sicômoros em Tecoa, aldeia de Judá, situada a cerca de 20 km ao Sul de Jerusalém. E pelo profeta Sofonias cujo ministério foi desempenhado cerca de 639-609 a.C.
Embora leigo e sem nenhum status de profeta Amós foi usado por Deus durante o reinado de Uzias, em Judá, e Jeroboão II em Samaria. Durante o ministério de Amós, o Reino do Norte achava-se em seu apogeu quanto a expansão territorial, a Paz política e à prosperidade nacional. Internamente, porém, estava podre. O sistema judiciário corrompia-se cada vez mais, e a opressão aos pobres tornava-se lugar comum. Amós proclamava corajosamente a sua mensagem centrada na justiça, retidão e retribuição divina, mas o povo infelizmente não o dava ouvido.
De todas as advertências denunciadas por Amós, as mais graves eram as sociais. Os ricos tiravam proveito dos pobres, e os exploravam, conseqüentemente o resultado deste erro seria o exílio da nação Israelita.
Em uma de suas mensagens ele começa tratando as mulheres ricas de Israel de “vacas de Baça... que oprimis os pobres, que quebrantais os necessitados, que dizes a seus senhores: Daí cá, e bebamos.” Am.4.1. Amós entrega palavras semelhantes para os mercadores desonestos, os governadores corruptos, os advogados e juizes oportunistas e os sacerdotes e profetas prevaricadores. Muitos contemporâneos de Amós tinham um conceito deísta (isto é, de que Deus não está ativamente envolvido nos assuntos cotidianos da humanidade). Acreditavam que Deus não retribuiria ao povo conforme suas obras, assim não lhe davam ouvidos. Posteriormente o profeta Sofonias faz menção ao “Dia do Senhor” onde o Juízo Divino será sobre aqueles que dEle se desviam para praticar o mal e explorar os pobres, e sobre os fariseus hipócritas e legalistas que profanam a verdade.
Antes mesmo do nascimento do Messias (Jesus Cristo) nota-se a aproximação e preocupação de Deus aos humildes, aos excluídos e miseráveis. Aos detentos (pode-se ler como escravos da época) enfermos, oprimidos e injustiçados.
Os pastores de ovelhas ou de qualquer outro tipo de animal nunca tinham sido visto com bons olhos pela sociedade, porém eram os mais usados e escolhidos por Deus. Em uma de suas recomendações em busca de um líder para o seu povo, Ele recomenda a Samuel: “Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.” 1Sm.16.7. Assim dando seqüência à busca Escolhe Davi dentre sete irmãos, filhos de Jessé, como líder de Seu povo. Um menino humilde, franzino e pastor de ovelhas. (os critérios de Deus são sempre surpreendentes para o homem: Jefté, filho de uma prostituta; Gideão, o menor na casa de seu pai; Neemias, um copeiro; Estér, jovem pobre conduzida à rainha; Moises, pesado de língua; Pedro, um pescador; Paulo, um ex-perseguidor dos discípulos; Davi e Amós já citados).Posteriormente, passado alguns anos depois de muitas profecias entregues sobre a vinda do Messias, O Salvador Rei de Israel nasce em uma estrebaria, onde guardavam gado, situada talvez numa caverna. A manjedoura era uma espécie de gamela onde o gado se alimentava. O nascimento do Salvador, o maior evento de toda a História, ocorreu em circunstâncias as mais humildes. Jesus, sendo o Rei dos reis, não nasceu nesta vida como rei, nem viveu como um rei aqui na terra.No livro de Isaias o profeta se refere a Cristo como: “um homem sem parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum...” Is.53 1-3. Além de sua humilde origem humana não foi alguém de grandezas terrenas e atrativos físicos, bem diferente do moço de pele clara, olhos azuis e cabelos ondulados criado pelos nazistas e seu covil romano religioso, estampado em toda parte.
O que diriam os grandes donos da verdade, se hoje dentre a sociedade surgisse um humilde homem mal vestido, de poucas palavras, sem um antepassado histórico ou um sobrenome de caráter público clamando ao povo pelo arrependimento e anunciando “O dia do Senhor”, “O Dia de Justiça”. Um homem cujo orgulho não o limitasse a abraçar um homossexual, uma prostituta, ou curar em plena marginal um enfermo. Que pregasse contra os grandes templos e seus mercadores, contra sua corja de ladrões, profetas levianos, sacerdotes do erro e principalmente contra esta religiosidade podre escravizadora.
Em toda a história da humanidade o orgulho do ser humano foi o seu maior inimigo, afastando-o completamente do Criador levando a apostasia total e ao desafeto, profanando até mesmo o Seu nome, transformando-O em um fruto do grande mercado capitalista e opressor.
A exploração do homem pelo homem hoje tem seu alarme. Na sociedade os processos sociais associativos foram sendo excluídos, dando lugar aos dissociativos. A cooperação deu lugar a competição consecutivamente originando o conflito, concluindo na total desigualdade social.
O crescimento da burguesia é acelerado, o povo oprimido é obrigado ao êxodo rural transformando as grandes cidades em um campo de confronto entre as classes. “As bandeiras são levantadas, os punhos são fechados é dado o grito de resistência...”. O homem busca um apoio, um alicerce. Os sistemas ruíram, as ideologias faliram e o homem permanece em queda. “Deus, não existe. Foi criado pelo próprio homem como forma de coerção...”. A história se repete, os humildes, os excluídos, pregam o arrependimento, a volta do Messias e o Juízo Final. E o povo vira as costas depositando sua confiança em si mesmo e em verdades relativas de filosofias, as mais diversas correntes de pensamentos, convicções políticas e religião. Eis que se aproxima a queda da Babilônia ”Uivai, porque o dia do Senhor está perto; vem do Todo-poderoso como assolação.” Is.13.6


Escrito por Fox (O Eclesiastes)

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